sexta-feira, 21 de agosto de 2009

trauma de infância

Bem, parece-me que está implantada a polémica e que ainda teremos de consultar algum especialista em toponímia para nos auxiliar. Tentei dar seguimento à tua pesquisa sobre a utilização das palavras "história" e "estória" e efectivamente não encontrei as referências de que falas. Infelizmente ambas as palavras não constavam do dicionário Toponímico que pude consultar e na net tão pouco consegui alguma coisa.


Lembro-me perfeitamente de ver o Branquinho, um miúdo da minha sala da 4ª classe (em 1973…), a levar reguadas da professora porque escrevia "história" como "estória" e como deves calcular o trauma instaurou-se e perpetua-se até aos nossos dias.


A verdade é que, pelo que me é dado saber, "estória" (para conto, texto de ficção) em contraste com "história" (para informações de carácter factual histórico) é, no nosso País à beira mar plantado, uma palavra pós acordo ortográfico que nos chegou do "por mim bem-amado" Brasil.


Como sabes eu até gosto de usar uma ou outra expressão/palavra do extraordinário e muitíssimo mais expressivo léxico Brasileiro, mas aqui não consigo. Historicamente falando, vem-me sempre à memória a "história" ou será "estória" do Branquinho a chorar baba e ranho junto ao quadro da sala de aula… quem sabe ainda venho a fazer psicanálise por causa deste caso de trauma de infância.


Parece mesmo que temos conceitos diferentes sobre o que é "Química" nos relacionamentos, ao que tu chamas "Química das ideias" eu chamo "Afinidade" ou "Empatia", para mim a "Química" é exclusivamente fisiológica e envolve, o cheiro de feromonas, a cor dos lábios, a textura da pele, o formato das mãos e dos pés (este mais difícil de julgar pois normalmente estão calçados… por vezes é uma grande desilusão – adoro PÉS, acho aliás que tenho de escrever sobre os meus pés um dia destes – são LINDOS!) e antes de tudo o "AR".


O "AR" é o mais importante, o "AR" é a razão de gostarmos ou não de alguém à 1ª vista.


O "AR" é o que nos permite fazer juízos sobre a personalidade de um determinado indivíduo sem nada dele sabermos.


Na verdade, por vezes cometemos erros, "Quem vê caras não vê corações" diz o ditado popular, mas de uma forma ou outra quase todos nos baseamos nas primeiras impressões para estabelecer um elo de maior ou menor intensidade com os outros.


Para além desta "Química", chamemos-lhe do conhecimento, há ainda a "Química sexual" que é mais crua, mais animal e se com a anterior nos podemos enganar e mais tarde mudar de opinião… na cama, ou "há ou não há" e se não há, não vale a pena tentar inventar, por muita "técnica" que se aplique a coisa vai sempre saber a pouco.


"…Ó MONTE DE CÉLULAS, ORGANIZA-TE!!"


Ora aqui está um grito bem mandado!


É verdade que na maioria dos casos o entusiasmo intelectual não acompanha o sexual e vice versa, isto tem mais que ver com o outros (que tal como nós mesmos não são perfeitos) do que connosco.


Montar o cérebro da madame Curie num corpo de Vénus ou o do Einstein num corpo de Adónis, deve ser o Holy Grail de todos os Frankeintain do Universo, infelizmente não só ainda não o conseguiram fazer (acho), como dificilmente estariam disponíveis para outros que não os seus criadores.


Having said this (é incrível com esta expressão soa muitíssimo melhor que "Tendo dito isto" ou mesmo "Posto isto"), o melhor mesmo é manteres relações paralelas e ir tentando a sorte de vez em quando. Quem sabe um dia encontras o teu "Pot of gold".


Finalmente o que é preciso é… "A little bit of Mambo"


Dançando o Mambo e saltando para o lado…

Eu e a leitura temos uma relação de amor profundo, não posso passar sem ela, necessito de ler para relaxar, necessito de ler para me isolar, necessito de ler para me concentrar, necessito de ler para me sentir bem comigo próprio.


A leitura é para mim quase como uma droga, quando leio desligo completamente e na maioria dos casos nem oiço o que me dizem. Flutuo no universo do livro e deixo-me levar, visualizando as curvas e contra curvas do enredo como se dele fizesse parte.


Tudo começou com o 1º livro da colecção do Tarzan de Edgar Rice Burroughs, "Tarzan o Homem Macaco", que o meu pai me comprou na minha 1ª ida à feira do livro de Lisboa (devia ter 7 ou 8 anos).


Nas férias grandes desse ano devorei os outros 23 livros da colecção à cadência de 150 páginas por dia, o que deixou o meu pai doido especialmente pelo custo associado (tinha sido criado um "monstrinho"…).


A leitura, faz portanto parte de mim desde há muito… muito… tempo (quase como o Star Wars … In a galaxy far… far … away), tempo este que tenho aproveitado para navegar descontraidamente por quase todos os oceanos e mares que possas imaginar.



Há no entanto, tal como a nossa casa ou o lugar onde nasceste, um mar onde acabo sempre por regressar e esse é o da "Ficção Cientifica e Fantasia".


Faço-o porque me permite viver em mundos incríveis, alguns lindos outros monstruosos; permite-me saltar de Sol em Sol, ver outros seres, ouvir outras línguas, lutar com monstros e salvar donzelas; permite-me em suma saborear Universos inteiros condensados em folhas de papel.


Perguntas pelos meus autores preferidos, aqui vão alguns…


Edgar Rice Burroughs;

Isaac Asimov;

Frank Herbert;

Robert Jordan;

J.R.R. Tolkien;


Já me esquecia, também gosto do Harry Potter!

Boas férias!


PS: "…como te disse, expor o corpo é muito mais fácil e seguro que expor a alma."


Claro que sim, o primeiro é só uma questão de pudor e/ou convenção o segundo é uma questão de privacidade. Nevertheless (adoro esta palavra inglesa que me consegue poupar duas em português), a sensação fica que podias "cobrir-te" um pouquito mais…

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