segunda-feira, 24 de agosto de 2009

pés! os meus, os teus e um bocadinho dos outros


No período que permaneci na China costumava fazer uma massagem aos pés todos os dias, foi absolutamente ireal, durante 1,5 meses avancei de salão em salão, experimentei mãos de aço, mãos de fada e mãos de anjo, gritei, sonhei e com um sorriso nos lábios morri mil vezes...

Primeiro os pés cozem lentamente no calor da água de sais, óleos e rosas; abrem-se os poros e liberta-se a sujidade de um dia a andar calçado; segue-se uma lavagem suave e finalmente a secagem com toalhas aquecidas...


Estamos preparados para nos deixar fluir numa agradável volúpia de 45min de pressões e compressões segundo as técnicas do milenar “Tui Na”. Garantidamente há poucos prazeres melhores na vida!...


Uma noite em Pequim, tendo ido com uma amiga chinesa a um novo salão que diziam ser muito bom, estranhei que se começasse a travar um diálogo de “cochicho” entre ela e a minha massagista – a nº 13 (nós ocidentais nunca lhes chegamos a saber os nomes verdadeiros, no entanto para o caso de gostarmos e querermos repetir noutro dia, são-nos dados números para referência futura – não é simpático mas é mais fácil e funciona bem)...


Questionando a minha amiga em Inglês, fiquei a saber entre risos e olhares maliciosos que a nº 13 lhe estava a dizer que ela tinha muita sorte pois o “marido” dela (ou seja eu!!!), não só era muito bonito (pelos padrões chineses não abona muito em relação à minha pessoa – mas deixemos isso para outro dia) como tinha uns pés maravilhosos...


Adoro os meus pés, aliás adoro pés no geral mas tenho uma vaidade especial nos meus, não sei se há razão para tanto, mas depois deste episódio típico de uma China cheia de contrastes acabei por acreditar que sim... os meus pés são Lindos!



O mesmo se passa com os teus, mais gordinhos, mais redondos, menos ossudos que os meus mas muito bonitos e perfeitinhos, os meus sinceros parabéns.

Como te dizia em “trauma de infância”, por andarem quase sempre “escondidos”, os pés são muitas vezes uma grande desilusão, não suficiente para perder a vontade se já tiver o “motor em aquecimento”, mas suficiente para reduzir as probabilidades de um encore de qualidade, caso a coisa se volte a repetir... sim porque, ou nos “esquecemos” completamente da existência desses dois maravilhosos apêndices corporais, ou então… quem é que gosta de brincar, massajar, beijar e mordiscar “cepos” feios e retorcidos?


Em relação aos sapatos e passando ao lado das obsessões e compulsões (muito comuns especialmente no sexo feminino – vide Imelda Marcos) a eles associados, é engraçado que tenhas referido a tua afinidade com os ditos. Na verdade tenho ao longo dos anos vindo a desenvolver uma teoria, sobre o papel destas supostas “protecções” tornadas objecto de culto e desejo, como espelho da nossa personalidade e tenho por hábito basear as minhas 1ªs e 2ªs impressões no estado/tipo de calçado que as pessoas usam. É mais ou menos um “diz-me o que calças, dir-te-ei quem és”…


Como exemplo do meu método de análise, “sem saber mais sobre ela”, diria que a “dona” destes lindos dedos:


- pela disposição dos sapatos - deixados no local onde devem ter sido descalçados, é uma pessoa descontraída;


- pelas unhas pintadas a fazer “pan dan” com a cor dos ténis e os ténis que não sendo novos estão bastante bem tratados e limpos, é uma pessoa cuidadosa com a sua aparência;


- pela cor vermelha dos sapatos e das unhas, é uma pessoa que gosta de deixar uma “impressão” e que não se importa de ser notada.


Para um primeiro encontro, penso já ser bastante... com um bocadinho de sorte num segundo o calçado será outro e aí outras indicações poderão ser tiradas.


É para mim um processo complementar da, por nós já discutida, “Química” e há sua semelhança muito baseado em “intuições” e “feelings” deixando imensa margem para enganos e erros de julgamento… mas “que se lixe”, as mulheres (diz-se) têm um 6º sentido inato, nós os homens temos de “inventar” os nossos!...


Porque trouxeste o teu amigo “Nuno” até ao nosso “Templo”, aproveito para te dar mais uma das minhas respostas adiadas…


Indiscutivelmente o “Blogdita” sabe escrever, escreve com sentimento… demasiado por vezes… nota-se que é um ser (não sei se é homem ou mulher, ou ambos) algo assediado pelos seus demónios internos e que usa a escrita para deles se libertar ou pelo menos tentar fazê-lo.


Não gosto do formato do seu blog, não gosto das cores de pastel, que me fazem lembrar uma casa Victoriana rodeada de smog numa qualquer rua Londrina em plena revolução industrial, não gosto do facto de ter tantos icons e “opções” e não gosto especialmente da forma como aparecem os textos, todos compactados sem espaçamentos e justificados de ambos os lados, em suma rectângulos de palavras.


Resumindo o formato do blog apresenta-se para mim como claustrofóbico, pelo que se adicionar os textos densos e deprimentes qb, então direi que me dá “falta de ar”.


Não estou com isto a dizer que não tem valor, pelo contrário, reconheço mais uma vez que o “Blogdita” não só escreve muito bem, como deverá com certeza ter uma razão para o fazer da forma como faz… apenas quero dizer que não é do meu agrado, mas o mundo é feito disso mesmo, de agrados e desagrados, e cada um de nós é livre de seguir pelos caminhos que melhor lhes servem…


…“Blogdita”, parabéns pelo teu trabalho, de alguém que particularmente não se identifica com ele.


Linda Sofia, goza bem as férias que eu por cá te esperarei…


Beijos nos teus dedos de cereja…

Zatoichi!


PS: Não sei se o fazes com algum outro propósito, ou se é apenas para ser diferente… mas o uso de “até mais” dá-me sempre uma ideia de vontade de separação latente, pois acabo sempre por ler “até mais ver”…

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